40. CH ou X?

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Usa-se CH:

a) Em determinadas palavras, por razões etimológicas.
Exemplos: arCHote, CHuCHu, fleCHa, moCHila, maCHucar, peCHinCHa, salsiCHa.

Emprega-se o X nos casos seguintes:

a) Após ditongos.
Exemplos: baiXo, caiXa, faiXa.

Observação: caucho e seus derivados (recauchutar, recauchutagem) são grafados com CH.

b) Após a sílaba en-.
Exemplos: enXergar, enXurrada, enXaqueca.

Observação: Usa-se CH depois da sílaba inicial en- caso ela seja derivada de uma com CH: cheio – encher, enchimento, enchente; charco – encharcado; chumaço – enchumaçado; chiqueiro – enchiqueirar.

c) Após a sílaba inicial me-.
Exemplos: meXer, meXicano, meXilhão.

Observação: MeCHa e seus derivados são grafados com CH.

d) Em palavras de origem indígena e africana.
Exemplos: abacaXi, capiXaba, oriXá.

39. C, Ç ou SS?

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Emprega-se a consoante C nos seguintes casos:

a) Em palavras de origem tupi e africana.
Exemplos: piraCema, PiraCicaba, caCimba, AraCi.

b) Após ditongos.
Exemplos: foiCe.

c) Tem o valor de /s/ com as vogais E e I.
Exemplos: aCém, áCido.

Emprega-se o Ç nos seguintes casos:

a) Em palavras de origem tupi e africana.
Exemplos: aÇaí, miÇanga, caÇula, juÇara, puÇá.

b) Em substantivos terminados em -tenção, derivados do verbo ter.
Exemplos: deter – detenÇão, conter – contenÇão, abster – abstenÇão.

c) após ditongo.
Exemplos: louÇa, feiÇão, traiÇão.

d) Nos substantivos terminados em -ção, correspondentes a verbos.
Exemplos: formar – formaÇão, exportar – exportaÇão, construir – construÇão.

Usa-se SS nas seguintes correlações:

a) ced – cess.
Exemplos: ceder – ceSSão; conceder – conceSSão; retroceder – retroceSSo.

b) gred — gress.
Exemplos: agredir – agreSSão; regredir – regreSSão; progredir – progreSSo.

c) prim — press.
Exemplos: imprimir – impreSSão; oprimir – opreSSão; exprimir – expreSSão.

d) tir — ssão.
Exemplos: discutir – discuSSão; permitir – permiSSão; emitir – emiSSão.

38. Tempos compostos

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Os tempos verbais compostos são formados pelos verbos auxiliares TER ou HAVER mais o particípio do verbo principal.
Nos tempos compostos, conjuga-se apenas o verbo auxiliar.

MODO INDICATIVO

Pretérito perfeito
É formado pelo presente do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime um fato passado que continua a se repetir no presente.
Ex.: Eu TENHO RESPONDIDO minhas atividades em dia.

Pretérito mais-que-perfeito
É formado pelo pretérito imperfeito do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime um fato passado, anterior a outro também passado.
Ex.: O livro já TINHA CHEGADO, quando ligou para os Correios.

Futuro do presente
É formado pelo futuro do presente do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime uma ação que estará concluída antes de outra posterior a ela.
Ex.: Até comprar O Mundo Perdido, TEREI LIDO Viagem ao Centro da Terra.

Futuro do pretérito
É formado pelo futuro do pretérito do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime um fato que poderia ter sido realizado após outro fato passado.
Ex.: A viagem TERIA SIDO mais rápida se tivéssemos pegado o atalho.

MODO SUBJUNTIVO

Pretérito perfeito
É formado pelo presente do subjuntivo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime um fato supostamente concluído no passado.
Ex.: Espero que TENHAM FEITO o curso de francês.

Pretérito mais-que-perfeito
É formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime uma ação que ocorreria no passado, antes de outro fato também passado.
Ex.: Se você TIVESSE PESQUISADO no dicionário, saberia o significado da palavra.

Futuro
É formado com o futuro do subjuntivo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime um fato futuro concluído com relação a outro fato também futuro.
Ex.: Irei passar as férias em Salvador, assim que HOUVEREM TERMINADO as aulas.

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal
É formado pelo infinitivo impessoal do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime ações concluídas.
Ex.: Foi bom TER ASSISTIDO à palestra ontem.

Infinitivo pessoal
É formado pelo infinitivo pessoal do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime que um fato foi concluído, possibilitando que outra ação pudesse ser executada.
Ex.: Por eles TEREM ANDADO mais rápido, puderam chegar ao metrô a tempo.

Gerúndio
É formado pelo gerúndio do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Exprime ações já concluídas.
Ex.: TENDO CHEGADO cedo, comprou livros mais baratos.

37. G ou J?

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Emprega-se G nos seguintes casos:

a) Em vocábulos formados pelo sufixo -gem.
Exemplos: paisagem, coragem, mensagem.

Observação: lajem, pajem e lambujem são escritos com j.

b) Em vocábulos terminados em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos: pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio.

c) Em vocábulos derivados de outros já grafados com g.
Exemplos: mugir – mugido, fingir – fingimento, agitar – agitação.

d) Em verbos terminados em -ger e -gir.
Exemplos: ranger, surgir, tanger, mugir.

Usa-se J nos seguintes casos:

a) Na terminação –aje.
Exemplos: ultraje, traje, laje.

b) Nas formas verbais terminadas em -jar, e seus derivados.
Exemplos: arranjar – arranjem; viajar – viajem; despejar – despejem.

Observação: O substantivo viagem escreve-se com g.

c) Em palavras de origem africana e tupi.
Exemplos: canjerê, jiboia, pajé, jenipapo.

Observação: Escreve-se Sergipe com g.

d) Nas palavras derivadas de outras que se escrevem com J.
Exemplos: ajeitar (de jeito), laranjeira (de laranja).

36. S ou Z?

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Emprega-se o Z nos casos seguintes: 

a) Em palavras derivadas de outras grafadas com Z.
Exemplos: cruz – cruzeiro, paz – apaziguar, feliz – felizardo.
 
b) Em nomes formados com os sufixos -ez e -eza.
Exemplos: real – realeza, belo, beleza, estúpido – estupidez, macio – maciez.
 
c) Em verbos formados com o sufixo -izar, quando a palavra primitiva não contém s.
Exemplos: deslize – deslizar, útil – utilizar, concreto – concretizar.

Observação: Emprega-se o sufixo -ar em verbos derivados de palavras com S na grafia.
Exemplos: ânsia – ansiar, liso – alisar, pesquisa – pesquisar.
Exceções: catequese – catequizar, batismo – batizar, cristianismo – cristianizar, traumatismo – traumatizar.

d) Em diminutivos com o sufixo -zinho, quando a palavra primitiva não contém S.
Exemplos: pé – pezinho, cão – cãozinho, pai – paizinho.

Emprega-se a letra S nos seguintes casos:

a) Depois de ditongos.
Exemplos: coisa, faisão, mausoléu, maisena, lousa.

b) Em nomes próprios com som de /z/.
Exemplos: Neusa, Brasil, Sousa, Teresa.

c) No sufixo -oso (cheio de).
Exemplos: cheiroso, manhoso, dengoso, gasosa.

d) Nos derivados do verbo querer.
Exemplos: quis, quisesse.

e) Nos derivados do verbo pôr.
Exemplos: pus, pusesse.

f) No sufixo -ense, formador de adjetivo.
Exemplos: canadense, paranaense, palmeirense.

g) No sufixo -isa, indicando profissão ou ocupação feminina.
Exemplos: papisa, profetisa, poetisa.

h) Nos sufixos -ês/ -esa, indicando origem, nacionalidade ou posição social.
Exemplos: português, norueguês, marquês, camponês, portuguesa, norueguesa, japonesa, marquesa, camponesa.

i) Nas palavras derivadas de outras que possuam S no radical.
Exemplos: casa – casinha, casebre, casarão, casario; atrás – atrasado, atraso; paralisia – paralisante, paralisar, paralisação; análise – analisar, analisado.

j) Nos derivados de verbos que tragam o encontro consonantal –nd.
Exemplos: pretender – pretensão; suspender – suspensão; expandir – expansão.

35. Poema: Lavagem do Bonfim

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Escrevi este poema em homemagem à tradicional Lavagem da Escadaria da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, na cidade de Salvador – Bahia

LAVAGEM DO BONFIM

Com a Lavagem do Bonfim
A colina Sagrada se agita
Da Conceição da Praia
O cortejo segue
Pela Cidade Baixa

O padre reza a missa
Os candomblecistas
Com flores e água de cheiro
Lavam a escadaria

Das Águas de Oxalá
A Lavagem faz parte
Do ritual de candomblé
Ao som de danças e atabaques

Na segunda quinta de janeiro
De branco todos vestidos
Amarram as fitinhas
Fazendo os três pedidos

Oxalá homenageado
O deus iorubá
Com o Senhor do Bonfim
Sincretizado

Oxalá!
Senhor do Bonfim
Jesus Cristo
Epa Babá!

34. Estrutura das Palavras

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A palavra é formada de vários elementos dotados de valor significativo. A essas formas portadoras de significado damos o nome de morfemas ou elementos mórficos.

A palavra alunos é constituída de três morfemas:

ALUN – radical – base do significado
O – desinência nominal de gênero masculino
S – desinência nominal de número plural

MORFEMAS
Também chamados de elementos mórficos, são as menores unidades de uma palavra.

a. RADICAL
É a raiz da palavra, ou seja, é o elemento que expressa a base do significado.
Exemplos:
– CASa, CASebre, CASinha, CASarão.
radical: CAS.
– PEDRa, PEDReiro, PEDReguho, PEDRegoso.
radical: PEDR.

b. VOGAL TEMÁTICA VERBAL
É a vogal que, no verbo, fica entre o radical e as desinências verbais.
Observação: O verbo POER e seus derivados pertencem à 2.ª conjugação.
Exemplos:
– cantAr, brincAr (1.ª conjugação)
– perdEr, corrEr (2.ª conjugação)
– sorrIr, ferIr (3.ª conjugação)

c. VOGAL TEMÁTICA NOMINAL
É representada pelas vogais A, E e O que permitem a ligação entre o radical e as desinências de substantivos e adjetivos.
Exemplos:
– lâmpadAs
– mestrE
– mesAs
– livrO
– raquetE

Observação: Os nomes terminados em vogais tônicas não apresentam vogal temática.
Exemplos:
– sofÁ, cafÉ, totÓ, cajU, tatU etc.

d. TEMA
É a associação do radical com a vogal temática.
Exemplos:
– AMAria (am + a)
– PERDEu (perd + e)
– SORRIndo (sorr + i)

e. DESINÊNCIAS
São morfemas que se unem ao radical para indicar flexões dos vocábulos.
• NOMINAL: indica gênero e número.
Exemplo:
– GAROT A S
A: gênero (feminino)
S: número (plural)

• VERBAL: indica tempo, modo, número e pessoa dos verbos.
Exemplo:
– ANDÁ VA MOS
VA: tempo e modo (pretérito imperfeito do indicativo)
MOS: número e pessoa (1.ª pessoa do plural)

f. AFIXOS
Estão situados antes ou depois do radical, formando palavras derivadas.
• PREFIXO: É colocado antes do radical.
Exemplos:
– RE ler
– IN válido
– DES fazer

• SUFIXO: É colocado após o radical.
Exemplos:
– oral MENTE
– bonit INHA

g. INFIXOS
• VOGAL DE LIGAÇÃO
Vogal que entra em algumas palavras para facilitar a pronúncia das mesmas.
Exemplo:
– facil I dade (fácil + dade)

• CONSOANTE DE LIGAÇÃO
Consoante que entra em algumas palavras para facilitar a pronúncia.
Exemplo:
– cafe T eira (café + eira)

APOSTILA DE ESTRUTURA DAS PALAVRAS
Estrutura-das-palavras.pdf

33. Grau diminutivo dos substantivos

Postado por Evaí Oliveira
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Há dois processos para se obter o grau diminutivo:

A) Analítico: juntando à forma normal um adjetivo que indique diminuição.
Exemplos: obra mínima, menino pequeno.

Sintético: anexando à forma normal sufixos denotadores de redução:.
Exemplos: estatueta, pedrisco.

Sufixos indicadores de grau diminutivo

– elho: rapaz- rapazelho
– ejo: lugar – lugarejo
– ebre: casa – casebre
– eco: livro – livreco
– ote: frango – frangote
– isco: chuva – chuvisco
– usco: velho – velhusco
– acho: rio – riacho
– im: espada – espadim
– icha: barba – barbicha
– ucho: papel – papelucho
– inho: cabelo – cabelinho
– acho: rio — riacho
– ebre: casa — casebre
– ejo: lugar — lugarejo
– eta: sala — saleta
– inho: livro — livrinho
– isco: chuva — chuvisco
– ulo: globo — glóbulo

Existem também os diminutivos eruditos.
Exemplos:
Corpúsculo (corpo)
Versículo (verso)
Febrícula (febre)
Partícula (parte)
Película (pele)
Questiúncula (questão)
Nódulo (nó)
Nótula (nota)
Opúsculo (obra)

32. Grau aumentativo dos substantivos

Postado por Evaí Oliveira

Há dois processos para se obter o grau aumentativo:

a) Analítico – juntando a ele um adjetivo que indique aumento.
Exemplos: mesa grande, copo grande.

b) Sintético – juntando a ele um sufixo indicativo do grau.
Exemplos: mesona, copázio.

Sufixos indicadores de grau aumentativo
– ão: cabelo – cabelão
– alhão: grande – grandalhão
– arrão: gato – gatarrão
– aço: gol – golaço
– ázio: gato – gatázio
– anzil: corpo – corpanzil
– orra: cabeça – cabeçorra
– astro: poeta – poetastro
– az: lobo – lobaz
– aça: barca – barcaça
– ão: cachorro – cachorrão
– arra: boca – bocarra
– az: prato – pratarraz
– ázio: copo – copázio
– ona: mulher – mulherona
– uça: dente – dentuça

31. Modo subjuntivo

Postado por Evaí Oliveira

O MODO SUBJUNTIVO expressa um fato como incerto, duvidoso ou de possível realização.

Exemplos:
Talvez as meninas BRINQUEM na praça, hoje à tarde.
Se o professor QUISESSE, eu entregaria a atividade amanhã.
Quando todos CHEGAREM, começaremos a aula.

Emprego dos tempos verbais do modo subjuntivo

PRESENTE
Emprega-se o presente do subjuntivo para:

a) Indicar uma possibilidade, dúvida ou incerteza em orações dependentes.
Exemplos:
Talvez o professor POSSA esclarecer esta dúvida.
Duvido que me ENVIEM os livros.

b) Indicar um desejo ou uma expectativa.
Exemplos:
Espero que TENHA aula hoje.
Tomara que eles CANTEM a música da qual mais gosto.

PRETÉRITO IMPERFEITO
Emprega-se o pretérito perfeito do subjuntivo para:

a) Indicar uma condição ou hipótese.
Exemplos:
Se nós CANTÁSSEMOS, o tempo passaria mais rápido.
Se eu GANHASSE na loteria, compraria muitos livros.

FUTURO
Emprega-se o futuro do subjuntivo para:

a) Indicar um fato que pode acontecer ou não.
Exemplos:
Saberá o conteúdo, se LER o livro.
O filme será iniciado, quando todos CHEGAREM.